Bom dia César!!!
Você lembra daqueles bichinhos de flor que você tinha comentado que poderia ser a larva de um besouro que pega carona em abelhas? Então, consegui uma foto de um deles com uma resolução melhor. Esse que fotografei era dos maiores, mas não chega a ter meio centímetro. Foi fotografado em Ouro Branco - MG.
Tami de Altinópolis, São Paulo.
Tami, por incrível que pareça, o bichinho é um besouro adulto. A família é Staphylinidae, e estes besouros podem variar bastante em comportamento. Vou reproduzir aqui alguns trechos de Insetos do Brasil:
"Tanto os Estafilinideos adultos como as larvas vivem, como saprofagos, em materia organica vegetal ou animal, inclusive escrementos e cadaveres. Habitualmente são predadores, atacando quaisquer presas ou determinadas especies. Tambem são encontrados frequentemente dentro da corola das flores, alimentando-se de polem. Algumas especies são fungivoras e outras de habitos fitofagos.
Todavia o grupo de Estafilinideos mais interessante sob o ponto de vista biologico é representado pelos que vivem em comensalismo, mutualismo ou simbiose com formigas e termitas. Realmente, no grupo dos mirmecofilos e termitofilos, os Estafilinideos, principalmente os representantes da subfamilia Aleocharinae, são os mais importantes pela quantidade das especies, superior a de quaisquer outros insetos com tais habitos.
No Brasil, como em outras partes do mundo, observam-se, em certas regiões, casos de dermatite purulenta causada por Estafilinideos, estudados por PIRAJÁ DA SILVA (1912), DALLAS (1930, 1933, 1934), GOELDI (1913), NEIVA e PENNA (1916), CAMPOS (1927), FRÓES (1934) e PICKEL (1940). Tratam-se de lesões produzidas pela secreção das glândulas pigidiais dos chamados "potós", espécies do gênero Paederus (subfamília Paederinae) (fig. 88).
A secreção do potó, segundo PIRAJÁ DA SILVA, possue propriedades causticas e vesicantes a pele, determinando eritêma, orurido, vesículação e ulceração ,às vêzes extensas e numerosas, rebeldes ao tratamento e de cicatrisação lenta, localisando-se nos braços, nas pernas e no pescoço e podendo alcançar até uma polegada de diametro."
Este aqui deve estar no grupo dos comedores de pólen. Eu estou um pouco confuso sobre ele por que este tipo de antena, que não é incomum na família, eu não encontro nenhum semelhante a ele.
Sobre a queimadura dos potós, vejam este documento. Em Portugal eles são chamados cocheiros-do-diabo.
Tami: César, tenho uma amiga que tem uma cicatriz provocada pela queimadura do potó (é assustador!). Esses miúdos também produzem uma substância bem irritante, mas não chegam a deixar cicatrizes. Adorei saber mais sobre esse bichinho minúsculo e tão comum. Esse da foto eu encontrei na corola de uma flor de quiabo.
Atualização 12/08/2.013: Tudo errado, o bichinho pertence à família Nitidulidae, Conetelus sp. (Cillaeinae), muito semelhante aos estafilinídeos, mas possuem bolinhas nas antenas e se alimentam de pólen. Vou chamá-lo "falso-estafilinídeo".
Tami: César, tenho uma amiga que tem uma cicatriz provocada pela queimadura do potó (é assustador!). Esses miúdos também produzem uma substância bem irritante, mas não chegam a deixar cicatrizes. Adorei saber mais sobre esse bichinho minúsculo e tão comum. Esse da foto eu encontrei na corola de uma flor de quiabo.
Atualização 12/08/2.013: Tudo errado, o bichinho pertence à família Nitidulidae, Conetelus sp. (Cillaeinae), muito semelhante aos estafilinídeos, mas possuem bolinhas nas antenas e se alimentam de pólen. Vou chamá-lo "falso-estafilinídeo".
César, tenho uma amiga que tem uma cicatriz provocada pela queimadura do potó (é assustador!). Esses miúdos também produzem uma substância bem irritante, mas não chegam a deixar cicatrizes. Adorei saber mais sobre esse bichinho minúsculo e tão comum. Esse da foto eu encontrei na corola de uma flor de quiabo.
ResponderExcluirAhh, sobre as antenas, vou observar mais os bichinhos para ver se esse tipo de antena é o mais frequente e se encontro algum com o outro tipo de antena, como as antenas dos besouros dos links que você mandou.
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