Esperança com Espermatóforo no Espírito Santo

Olá, Cesar. Em 2013 eu encontrei cerca de 30 ovos de gafanhotos em aceroleira, grudados em uma pequena folha. Foi uma boa experiência: fotografei os ovos, as ninfas e monitorei o crescimento de uma única fêmea, que permaneceu vivendo por longo período no quintal até atingir a idade adulta. A identifiquei como Microcentrum sp. Um dia, percebi uma coisa estranha grudada na minha "gafanhoto de estimação"; me deixou bastante perturbada. Cheguei a pensar que fosse algum tipo de doença, parasita... Fiz pesquisas e encontrei respostas nesse artigo (em inglês): http://www.austinbug.com/tettigoniidae.html É bastante interessante. :)

Kel de Cariacica, Espírito Santo.

Kel, a imagem é realmente bem interessante, vou traduzir aqui o trecho referido em Austin Bug:

O acasalamento parece ser bastante discreto nas esperanças, ao contrário dos gafanhotos, que são frequentemente encontrados acasalando. Eu nunca consegui pegar um par de esperanças no ato. No entanto, quando copulam, o macho transfere uma grande massa gelatinosa chamada espermatóforo para a fêmea. Ele tem duas partes: um pequeno pacote de esperma, que é inserido na fêmea, seguido por uma bola maior de gel nutritivo, um presente nupcial que as fêmeas consomem para ajudar na produção dos ovos. Esta massa branca é facilmente vista presa às fêmeas recentemente acasaladas.

O termo gafanhoto é "preferível" aos ortópteros de antenas curtas (excluindo paquinhas), sendo a família Tettigoniidae mais aproximada dos grilos. Phaneropterinae produz muitos gêneros semelhantes, na nossa região nós temos ainda Phillophyllia, que eu não me arrisco mais em diferenciar.

Kel: Cesar, essa é a melhor das poucas fotos que tenho, em que o corpo todo aparece, exceto as antenas. Mando o link da minha coleção no Projeto, onde tem um vídeo dela com o macho. O bebe do link é filho dela, provavelmente com o macho do vídeo, é a segunda geração que registrei. Obrigada.

Angle-wing katydid from SCkel Kel on Vimeo.