César, gostaria de saber, se possível, se esta pequena é da mesma espécie que a deste post, embora a cor seja um pouco diferente. E é bem pequena: 5mm de espinho a espinho. Só que ela não faz teia orbicular. Em minha casa em Las Toscas, as poucas que tenho visto (em Pyracantha coccinea e em Podranea ricasoliana) só tecem um fio que une várias folhas e um deles, mais comprido, vai até um outro galho, e geralmente é nesse fio que as presas ficam grudadas.
María Luisa Rodríguez de Las Toscas, Canelones, Uruguai.
María, não me lembrava desta postagem, achava que nunca tinha visto semelhante. Parece ser Araneidae e parece ter mais afinidade com Gasteracantha, mas até onde sei, o gênero predomina no Velho Mundo, nas Américas temos apenas G. cancriformis e não parece ser o caso, por isso o palpite de Micrathena, mas não estou mais confiante neste gênero, ela parece invertida, dois espinhos à frente ao invés de pra trás. Pesquisei de diversas formas, sem resultado, onde eu tinha mais esperança era na fauna do Rio Grande do Sul. Eu até encontrei uma que combina, versão amarela, mas sem melhor identificação. Vou consultar o dr. Antonio Brescovit, que talvez possa nos ajudar com esta.
Atualização - Dr. Antonio D. Brescovit: É um Theridiidae - Phoroncidia - confunde todo mundo como sendo Micrathena.
María Luisa: César, muito obrigada pela identificação e sobretudo pelo seu trabalho e o seu tempo! (...) E o agradecimento também para o Dr. Brescovit! (...) Ontem à tarde deparei, por acaso, com uma pequeníssima Phoroncidia que estava aprontando o seu "varal", aí esqueci da cigarrinha que estava seguindo e comecei a tirar fotos da aranha. Ao vê-las no computador, achei interessante a estrutura do fio que ela teceu, e pensei partilhar.
(...) Sim, há um fio muito fininho, quase invisível a olho nu e mesmo para a câmera, e é sobre ele que ela tece esse outro que parece, na verdade, bastante pegajoso. Ontem fui ver se ela ainda estava lá, e havia um mosquito tentando livrar-se do fio. Quando ela começou a se aproximar, ele redobrou esforços e conseguiu livrar-se...deixando as pernas. Então ela chegou, observou uns instantes, e começou a "atar" as pernas ao fio com movimentos muito rápidos, consertou o fio, e levou as pernas para o seu refúgio, sobre uma folha. Gravei um minuto e pouco do final da história e a gravação desfoca por momentos, mas dá bem para ver o que descrevi.
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