Olá Cesar, tudo bem? Encontrei esta bela aranha por sorte. Pois ela estava numa flor amarela bem camuflada, mas com uma abelha como presa (foi o que me chamou a atenção), foi legal porque achei que a abelha estava morta e agarrada na flor e quando a toquei, a ranha correu com ela na boca e até assustei! (Pena que a presa caiu) Pesquisei e descobri que é a Epicadus heterogaster, e minha pergunta pra você é: Como eu percebi que ela tem 3 cores diferentes, se eu pegasse essa amarela e colocasse em uma flor violeta ou branca, será que ela alteraria a cor para se camuflar? Ou ela tem que nascer no ambiente para adquirir a cor? Abraços, Marcelo Brito de Juiz de Fora-MG
Marcelo Brito.
Marcelo, fêmeas de algumas Thomisidae spp. adaptam a coloração à flor onde se instalam dentro de alguns dias, alterando a química de sua pigmentação, como é o caso de Misumena vatia. Mas algumas outras aranhas-caranguejo escolhem o local de caça através de estímulos visuais e olfativos e esta parecia ser a hipótese para H. heterogaster, mas hipóteses mais recentes estão sugerindo outra coisa.
O experimento de Peixoto (2010) para testar estes estímulos em H. heterogaster indicou que estas aranhas não demonstravam preferência alguma de coloração e textura, mas que acabavam permanecendo mais tempo em ambientes que por acaso combinavam com sua coloração.
Já Vieira et al. (2017) diz que estas aranhas têm sucesso em atrair suas presas mesmo aguardando em folhas verdes, atração esta que é bloqueada ao aplicar filtro solar na aranha. Elas atraem suas presas refletindo elas mesmas a radiação ultravioleta como fazem as flores, e parecem ser até mais eficientes que estas. A imagem no artigo ilustra muito bem esta relação.
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