Gostaria de ajuda para identificar esse inseto. Encontrado entre Jequitinhonha e Almenara, estado de Minas Gerais na região sudeste do Brasil. O bioma predominante do local de coleta é de Mata Atlântica. Já encontrava-se morto. Por tanto não foi possível observar hábitos. Mede aproximadamente 8 cm.
Meyre Soares.
Bichinho maravilhoso, Meyre, espécie que eu esperava muito ver no Insetologia. Este é um macho de Hypocephalus armatus (Vesperidae: Anoplodermatinae: Hypocephalini) e se alguém quiser se situar na taxonomia do bicho, é aparentado dos besouros serra-pau da família Cerambycidae e alguns autores consideram parte dela. E pode-se notar uma evolução convergente com as paquinhas ou grilo-toupeira, sendo assim chamados também besouros-toupeira. Encontrei ainda os nomes iaiá-de-cintura e carocha na página da Fundação Biodiversitas, onde consta ser ameaçado de extinção com classificação Vulnerável (opinião divergente à frente?), além de vaqueiro em Insetos do Brasil (o novo).
A página onde encontrei maior informação sobre ele é Passion Entomologie, em francês, mas São Google nos ajuda, vou traduzir os pontos mais importantes. Sua biologia e ecologia é um mistério desde sua descoberta, uma curiosidade entomológica. A distribuição é limitada a uma pequena área, principalmente entre o Rio de Janeiro e Minas Gerais. Foi descrito em 1832 pelo francês Eugène Desmaret e sua taxonomia foi progressivamente atualizada, por sua anatomia única entre os besouros, os entomólogos não sabiam onde posicioná-lo, ao ponto do entomólogo estadunidense John Lawrence LeConte (1825-1883) dizer que de todos os coleópteros conhecidos pela ciência, nenhuma espécie causou tanta incerteza como esta quanto à sua posição sistemática (The Book of the Beetle - p516).
Mede de 33 a 55mm ou mais em alguns exemplares (70 mm). Os élitros são fundidos e as asas propriamente ditas são ausentes. Caso único neste grupo, seu desenvolvimento é totalmente subterrâneo e os adultos têm hábitos fossoriais. Adultos emergem no começo do período chuvoso em dezembro, apenas os machos parecem emergir, enquanto as fêmeas permanecem enterradas. Diz ainda que não parece ser raro em sua região, as larvas são totalmente desconhecidas, mas devem se alimentar no solo de matéria vegetal, como os outros membros da família.
Gostaria de pedir confirmação se os élitros são fundidos, o que me parece muito bizarro, além de, se possível, fotografá-lo junto de uma régua ou algo que dê noção precisa do tamanho e uma vista frontal, pra vermos melhor a cabeça. Quem postou o seguinte vídeo diz não ser o autor:
Nenhum comentário:
Postar um comentário