terça-feira, 6 de agosto de 2019

Mamangava de Chão em Minas Gerais

Boa Tarde, César!
Bombus ou Xilocopa? A da foto acredito ser um Bombus, poderia me dizer qual a principal diferença entre os gêneros? No Brasil ocorrem as duas espécies na mesma frequência? Forte Abraço
Wagner

Em Sapucaí-Mirim - MG a 1960m altitude (foto)
Wagner.
Algumas espécies de Bombus são bem distintas, com suas listras brancas ou amarelas, não podem ser confundidas. Usando aqui duas fontes (ou três), no Brasil nós temos, segundo Silveira, Melo & Almeida (2002), seis espécies, todas no subgênero Fervidobombus e, segundo o CTFB, nove espécies, divididas nos subgêneros Cullumanobombus e Thoracobombus. Pela primeira fonte (que me parece ser de acordo com Williams et al. 2008), que dá distribuição por estados, em Minas Gerais, toda preta, ocorre B. atratus, B morio e, possivelmente, B. brevivillus no norte. Este gênero parece ser mais comum em lugares de clima frio no hemisfério Norte. Por aqui, Xylocopa spp. me parecem muito mais comuns, e o número de espécies com fêmeas negras é muito grande.

Estas abelhas são superficialmente semelhantes, mas não são muito aparentadas, a primeira ficou em Silveira como Apidae: Apinae: Apini: Bombina e a segunda como Apidae: Xylocopinae: Xylocopini. Disso já se tira a diferença de presença de corbícula nas fêmeas de Bombus, ausente nas Xylocopa. Outras diferenças são sutis como a venação das asas. Algo bom para se observar, que não entra na chave é que, normalmente, Xylocopa tem o abdome liso, ou com áreas lisas, enquanto Bombus costumam tê-lo bem peludinho. Mais fácil ainda é ver onde nidificam, pois Bombus nidificam na terra, Xylocopa em madeira. Esta abelha parece ser uma mamangava-de-chão Bombus sp.

Há ainda um casalzinho de crisomelídeos em cópula sobre a flor.

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