sábado, 26 de setembro de 2020

Ciclo de Traça-da-Banana em Minas Gerais

Mais um ciclo. O das lagartas que estavam se alimentando de um tronco de mangueira em decomposição.

Algumas dessas lagartas estavam comigo desde janeiro e só começaram a emergir no mês passado. Como te falei, havia diferença no tamanho e, depois, acabei descobrindo que as menores eram realmente os machos (que possuem uma listra escura longitudinal nas asas). As fêmeas, maiores, têm uma pinta escura em cada asa.
Elas empupam dentro de galerias q elas fazem na madeira, dentro de um casulo de seda e detritos produzidos por elas mesmas. Quando o adulto emerge, a exúvia da pupa fica agarrada (semelhante à exúvia da traça-de-parede que fica agarrada ao casulo quando a traça emerge). As lagartas são muito ativas e reagem quando tocadas. Conseguem andar de "ré" com a mesma facilidade com que andam p frente.

Completando o texto, ainda na fase de lagarta, elas produzem seda que gruda nos detritos, produzidos por elas mesmas, formando grumos (como as traças-das-farinhas!) onde elas se escondem.
TaMi de Itaguara, Minas Gerais.
Eu estou concordando contigo que ela pode ser a traça-da-banana Opogona sacchari (Tineidae: Hieroxestinae), com a ressalva de que há uma espécie próxima, de distribuição "quase cosmopolita", Opogona omoscopa, que não encontrei registros no Brasil, mas não parece difícil que esteja presente aqui.

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