quinta-feira, 9 de dezembro de 2021

Psocóptero em Minas Gerais

Olá! Boa noite! Primeiramente, muito obrigado por oferecer-nos esse trabalho de identificação! Pesquisando nos motores de busca, encontrei este site e estou impressionado. Espero que consigam me ajudar... Seguindo a orientação do tópico sobre como fazer perguntas, procurei por uma postagem que trouxesse um inseto similar ao qual tenho dúvidas. Quem sabe isso facilite a identificação... É um inseto tão pequeno que foi difícil capturá-lo na câmera. Foi preciso um zoom muito alto, mas consegui duas fotos:

Ele é menor do que a esfera da ponta de uma caneta esferográfica comum. É muito pequeno! Encontrei-os (são vários) pelas paredes de um dos cômodos da casa. Notei que eles não se aglomeram, mas espalham-se. O cômodo é claro, bem iluminado, há uma grande janela que dá para um jardim ao lado do cômodo. A janela tem uma estreita fresta e, mesmo estando fechada (a janela), a fresta não impede a total entrada de ar. O quarto não é úmido, aparentemente, porém, quando pus um desumidificador, este recolheu bastante água do ar, mas acredito que seja por causa da fresta na janela, pois as paredes não apresentam umidade, quando não há o desumidificador. A localidade é Minas Gerais, cidade de Luz, é no interior e com muita áreas rurais pelos arredores. À frente da residência há um grande loteamento com grama baixa e muita madeira seca (logo após o jardim, atravessando a rua). Atrás da residência, um outro lote menor (bem distante do cômodo), com alguns pés de quiabo. O meu quintal é distante do cômodo, também, mas tem muitas plantas, como: morango, onze-horas, alguns pés de cana, boldo, maracujá, limão galego, graviola, crajiru e romã.

Muito obrigado de antemão pela ajuda! Forte abraço.
Brendan.
Tendo chegado naquela postagem, Brendan, você já o identificou como um inseto da ordem Psocodea ou Psocoptera. Os pequenininhos mais comuns em residências são as Liposcelis spp. e não é o caso, pois mesmo não tendo muita resolução, percebe-se que ele tem olhos muito grandes, algo semelhante à fêmea áptera de Nanopsocus oceanicus (Troctomorpha: Pachytroctidae: Tapinellinae), que segundo a Aldrete & Mockford (2009), nunca foi detectado, mas provavelmente ocorre no Brasil; esta mesma espécie produz uma forma alada.

Eles podem viver na grama, podem viver em folha seca, mas dentro de casa normalmente estão associados a bolor e umidade. Se não há essas condições dentro de casa, eles devem "sumir" da mesma forma que surgiram, não representando motivo para preocupação.

Muito obrigado, Brendan.

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