Boa noite César. Hoje encaminho para ID este besouro que fotografei em São Luiz do Paraitinga em São Paulo. Obrigado.
Carlos Eduardo de S. Carvalho.
Apesar de não ser um pedido muito frequente, o CTFB lista acima de duzentas espécies no gênero Agra (Carabidae: Lebiinae: Lebiini: Agrina) no Brasil, você enviou um de Teresópolis há dois anos quase exatos. Vou traduzir um pouco de Erwin (1978) que julguei interessante:
Certamente o grupo mais elegante e gracioso de besouros carabídeos neotropicais já descobertos é o de Agra. (...) Se a curva de tendência de Agra fosse suavizada e invertida (White 1975), ela prevê que o gênero tem, no mínimo, cerca de 2.000 espécies. Duvido, mas prevejo cerca de 1000 espécies com base no material que estudei até agora.As fêmeas de Agra têm o ovipositor mais bizarro dos Carabidae. Os estilos estão localizados bem próximos, geralmente muito esclerotizados e alongados, e cada um tem duas cerdas espinhosas apicalmente. Eles estão localizadas na extremidade de um tubo muito extensível, que, quando evertido, tem comprimento igual a 1/2 a 2/3 do comprimento do corpo. Nenhum outro carabídeo que eu conheça tem algo remotamente semelhante aos estilos ou ao tubo. A natureza delicada do tubo indica para mim que o substrato de oviposição não é penetrado por muita força, se é que há alguma. Sugiro que axilas de folhas, tocas de insetos preexistentes ou detritos orgânicos em buracos ou forquilhas de árvores são locais possíveis. Uma possibilidade mais intrigante é a oviposição bem no fundo da concha de um caracol de árvore vivo, com a larva resultante sendo um ectoparasitoide; é possível que tanto adultos quanto larvas consumam o mesmo alimento, dada a abundância usual de caracóis em árvores. O ectoparasitoidismo já é conhecido entre os Lebiini (Erwin e Erwin 1976; Erwin, no prelo).
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